Participei de uma super aula de Vinhos de Bordeaux com o Beto Duarte. A aula foi bem focada em margem esquerda e margem direita, suas similaridades e diferenças... Provamos 5 vinhos, dois de uma margem, dois da outra e um às cegas para tentar adivinhar, foi muito bacana a experiência e o aprendizado.
O Beto é jornalista especialista em vinhos desde os anos 80, criador de mais de 100 documentários sobre a viticultura mundial entre outros temas, tanto para o seu canal no Youtube, quanto para a TV e cinema. Ele morou na França e é membro da Federação internacional de Vinhos e Destilados. Possui Wset3, foi professor no ISG e sócio fundador do Encontro de Vinhos, além disso tudo é meu amigo!
Sobre o que aprendi:
- que em 1152 o Rei Henrique II se casou com Aliénor de Aquitania e esse casamento deu à coroa inglesa o controle sobre as regiões de Bordeaux e Loire.
- que os holandeses são os responsáveis pela Margem Esquerda existir, pois foram eles que drenaram os pântanos, transformando o lugar em uma pastagem de gado, possibilitando que viesse, com os anos, a ser construído o que hoje é o Latour, Ladite, Margaux...
- pode-se dizer que a maioria dos vinhos de Bordeaux são blends.
MARGEM ESQUERDA
1855 - inicia a classificação dos 4 escolhidos: Château Lafite, Latour, Margaux e Haur-Brion.
1973 - mais de 100 anos depois - incluí-se o Mouton Rotshild e o Château d'yquem ganha a classificação de Premier Cru Supérieur.
As uvas mais plantadas são Merlot e Cabernet Sauvignon, mesmo a Cabernet sendo a principal uva da Margem esquerda, ela representa apenas 22,5% das uvas plantadas, ao mesmo tempo que a Merlot representa 65% to total das uvas plantadas. O restante é Cabernet Franco e Petiti Verdot - bastante usadas - além de, Caménère e Malebc - menos usadas.
MARGEM DIREITA
- 1955 - Saint-Émilion faz sua classificação, muito depois que a Margem esquerda. Mas diferente da outra margem a Direita teve diversas alterações em suas regras, 1969, 1986, 2006 e 2012.
Hoje os Premiers Grand Cru Classé A são: Château Ausone, Château Chaval-Blanc, Château Angélus e Château Pavie.
A uva ícone é a Merlot, mas a Cabernet Franc também faz parte da maioria dos cortes.
Os vinhos que tomamos foram:
– Ségla – Margaux – 2014
– Château Grand Puy Lacoste – Pauillac – 2013
– Château Lafleur du Roy – Pomerol – 2018
– Château La Confession – St-Emilion Grand Cru – 2016
– Sarget de Gruaud Larose 2018
E sim, pode ter sido no um pouco de chute, mas eu acertei não só a Margem, como também a região do último vinho, que degustamos às cegas.
A aula foi d+!
Obrigada mais uma vez à Sbav-SP, pela oportunidade, e ao Beto Duarte pela aula. Sempre um privilégio aprender com esse cara fantástico.
Santé! (mais do que nunca, Santé!)
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