Estava pensando que fazia um tempo que não escrevia. Hoje decidi parar tudo e escrever para registrar que nem tudo são flores. Estamos fazendo obra aqui no condomínio. O cara bate lá em baixo e retumba na minha cabeça aqui no 6º andar. É inacreditável, parece que quanto mais eu preciso me concentrar, mais eles fazem barulho. Isso só vem provar o que eu sempre falo, que a lei de Murph é uma das coisas mais certas nessa vida.
Para deixar de lado minha irritação e tentar preservar minha sanidade, resolvi beber um vinho.
Quase nunca me permito uma taça de vinho durante a tarde, por ser "politicamente incorreto" dentro de uma sociedade na qual a gente vive para o trabalho e por muitas vezes é refém do mesmo, sem se dar conta, através do celular.
Então foco na alegria de poder beber um vinho a tarde enquanto organizo o meu planejamento para a semana que vem, sem pressa e tentando não escutar as marteladas que seguem a irritar meu coraçãozinho.
O vinho que eu estou tomando é o Vinea Cartuxa, que abri ontem à noite - sim, não precisamos tomar uma garrafa inteira, só porque abrimos, eu uso vácuo van e é super bom. Ele é português, do Alentejo, feito com as uvas Aragonez, Castelão, Tricadeira e Alicante Bouschet. Uma alquimia que ficou espetacular.
Aroma bem intenso de fruta madura, daqueles que contagiam a gente a tal ponto que nos fazem querer logo o primeiro gole. Na boca, é super equilibrado com taninos macios e agradáveis. Um vinho que podemos abrir para amigos que entendem e que não entendem de vinho. Que agrada a maioria das pessoas.
Entre ontem e hoje o vinho estava melhor ontem, mas não tenha perdido características, pois não perdeu, acho que botei bastante pressão na rolha e ela fez o seu trabalho direitinho. Porque estava melhor? Porque ontem à noite não tinha esse barulho irritante de fundo.
Contando os dias para o fim dessa obra.
Santé!
Acabará. Siga confiante. E depois, dará risadas disso.
ResponderExcluirVamos na fé! :)
Excluirbeijão