Castello Banfi

Gosto muito de beber vinhos em casa com amigos, ou mesmo sozinha.  Mas como estou voltando a escrever por aqui preciso retomar minha vida de ir a eventos, claro que não muito, mas o suficiente para conhecer algumas novidades e pegar alguma dicas.



Masterclass de Vinhos do Porto com Alexandre Lalas

Mais uma vez tive o prazer de participar de uma aula ministrada pelo Alexandre Lalas, jornalista do mundo do vinho que tem uma didática maravilhosa. Quando Lalas fala sobre Portugal é impossível a gente não ficar focado e se apaixonar, pois seu conhecimento é tanto que consegue passá-lo com uma naturalidade que facilita o aprendizado.



Restaurante Cepa, no Tatuapé.

Um lugar que vale a pena conhecer. 
Primeiro, porque a ideia é super legal. Um casal - ele chef, ela sommelière - abrem um restaurante focados em fomentar os pequenos fornecedores e além disso, dispostos a fazer o máximo possível na própria casa. 



Segundo, porque eles são de conquistar nosso estômago. 




Vou começar falando do pão do chef Lucas Dante que é sensacional (afinal, sou neta de padeiro e tem coisas que são mais fortes do que eu), mas isso é o básico, interessante mesmo é o resultado da farofa - feita com este pão - que ficou espetacular acompanhando o feijão branco feito no Jerez.
Já dos embutidos, o que posso falar? São incríveis, super frescos, pois também são feitos na casa. 




Outra entradinha que tens que provar é a batata. Não, não estou falando de batata frita, na verdade não estou falando de nenhuma batata que possa passar na tua cabeça agora. Pois o chef preparou uma batata que é uma verdadeira supresa. Um "mil folhas" de batata. Algo que não tem explicação, nem no capricho - que é um capítulo a parte - nem em sabor, pois além de tudo vem regada de manteiga trufada.




💜 Mas se for para falar de amor mesmo, vou ter que falar da Ricota e da Caponata do Chef. Uma entradinha que eu ficaria comendo a noite inteira, sem problemas, ainda mais que as pastinhas são servidas com pão.
A carta de vinhos fica numa lousa na parede e pode ser alterada de acordo com as descobertas que a sommelière Gabrielli Fleming faz conforme vai conhecendo novos produtores. Tudo com o objetivo de ter opções equilibradas com a menor intervenção humana possível. 
Os vinhos são servidos em garrafas (de 750 ml), mas todos os dias tem opções em taças, normalmente um vinho branco e um vinho tinto, mas dependo da ocasião podes encontrar espumante em taça também, vale perguntar no dia.




Não tem como terminar sem falar na sobremesa que leva compota de tangerina e a mesma ricota de amor que falei lá em cima. Prove e veja que podemos encontrar sobremesas perfeitas "fora da caixa".
Enfim, tudo isso num lugar super bonitinho e aconchegante, com funcionários apaixonados pelo que fazem que tornam a experiência ainda mais bacana.
Ah! O restaurante é no Tatuapé, então pra quem não mora perto, como eu, vale a pena aproveitar o fim de semana pra conhecer.
Santé!
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serviço:
rua Antonio Camardo, 895 (antigo 15) – Tatuapé – São Paulo/SP
(11) 2096-0687

Um curso de vinhos diferente.

Ontem tive uma noite surpreendente.


A idéia inicial era rever minha grande amiga Maria Amélia, responsável por eu ter entrado neste universo sem volta que é o “vinho bom”, mas a noite foi muito mais que isso. 

Foi conhecimento, foi energia, foi astral… 


O lugar escolhido o Bar Obelisco.
Pra quem conhece São Paulo, sabe do que estou falando. Uma vista incrível de uma cidade que mescla prédios, parques, carros e pessoas de todos as tribos de uma forma tão perfeita.


*Até neste trânsito caótico percebemos o quanto há compreensão e gentilezas por aqui.

Já fiz incontáveis cursos de vinhos. Eu dou um curso de vinhos. Mas o de ontem foi espetacular.


A professora não era sommelier, ela era enóloga. Acho que por isso o mesmo conteúdo se torna tão diferente. Entender o outro lado da história “os porquês” do vinho. O lado de quem faz e como faz, entender como o vinho é precificado e tudo que está contido nesta idéia. 


Nas taças, uma volta ao mundo para falar um pouquinho de cada vinho e de cada país. Países que de uma forma ou outra explicam a história do vinhos com fatos da história da humanidade.


Parabéns @vinhoearte amei a experiência. 

Santé!

Albert Bichot 2013 Bourgogne Aligoté

Não é porque parei de postar que parei de beber. Sigo aprimorando meu paladar e aprendendo por meio da litragem, melhor forma de estudar "ever".
Hoje em dia, o vinho tem sido coadjuvante nos capítulos da minha vida, não sei se é porque o universo está tão pesado (com tragédias naturais, mortes por acidentes, terrorismo ou mesmo mortes naturais - 2019 precisa acabar logo) que tenho tentado passar mais tempo com meus amigos, conversando e contemplando o ócio. O vinho está sempre presente, mas é mais difícil parar pra pensar nele. Apenas gosto ou não gosto.



Um dos escolhidos esta semana foi do Albert Bichot 2013 Bourgogne Aligoté, um vinho que, apesar de já estar antigo - para os nossos padrões de vinho branco, ainda mais que não passou por madeira.
O vinho se mostrou rico em fruta, fresco e com uma acidez admirável para um 2013.
Antes de falar o que achei do vinho, queria falar um pouco da uva.
Aligoté, uma uva branca da Bourgogne que faz vinhos leves e secos maravilhosos. De certo modo pode até lembrar os vinhos da região feitos com a uva Chardonnay, mas ela não chega a ter a mesma estirpe da "coleguinha".
A Aligoté resiste bem ao frio, por isso é bastante utilizada em lugares em que as variedades mais delicadas sobrevivem - como a Bourgogne que produz muito Chardonnay e Pinot Noir.
Esta casta é muito usada para acrescentar acidez, notas cítricas e herbáceas na elaboração de cortes com outras variedades, de acordo com o objetivo do enólogo.
Enfim, voltando ao vinho. O Albert Brichot Aligoté 2013  estava equilibrado, posso até dizer que estava maravilhoso, com aromas de frutas brancas, notas florais e um toque mineral que me encantou.



De harmonização eu poderia inventar vários pratos super elaborados e sofisticados, mas resolvi cortar o "blablabla"e dizer que tomei com pão de queijo e ficou perfeito. Claro que o pão de queijo também não era qualquer um, era o delicioso pão de queijo da chef Elzinha Nunes (que já esta a venda no Mambo e St Marche).
Trocando em "miúdos", beba o que quiser, harmonize com o que quiser, só lembre-se de estar com pessoas especiais. São momentos assim que fazem a vida valer a pena.
Santé.

Champagne Taittinger: sempre um carinho

Oi, lembram de mim? Eu costumava escrever sobre vinhos.
Brincadeiras a parte, vou tentar me policiar para escrever mais seguido aqui no Château. Prometo! A vida está muito corrida, mas não é desculpa para eu não escrever sobre os rótulos que mais me chamarem atenção.

Então vamos começar com uma frase que já falei aqui outras vezes, mas que sempre é bom reforçar:
"Todo Champagne é um espumante, mas nem todo espumante é Champagne".

Champagne são apenas os espumantes feitos através do método tradicional na região de Champagne - na França.