Beber um vinho não é nada fora do normal, mas provar um vinho que não faz parte da nossa realidade, pode ser sim um capítulo bacana do nosso aprendizado.
Eu tive a oportunidade de provar um Château Talbot 1982.
Quando tomo um vinho de guarda gosto de pensar no que eu estava fazendo naquele ano. Bom, em 1982 eu tinha 3 anos e por isso não estou nem perto de lembrar o que estava fazendo, mas uma coisa é certa: EU ESTAVA FELIZ E BRINCANDO, como toda criança de 3 anos merece estar.
Bom, mas voltando ao vinho, afinal se entrar em questões sociais não saio tão cedo. O vinho já de cara se mostrou envelhecido. A rolha estava super encharcada, bateu até um medinho de que não estivesse bom, mas não, estava ótimo.
Aromas evoluídos com notas oxidadas, mas nada que comprometesse sua qualidade. Na boca estava um mel. Não gosto de mel, mas carinho de mel. Pouco álcool, pouco tanino, pouca acidez e tudo numa perfeita harmonia. Eu curti mais no nariz do que na boca, mas isso é gosto pessoal, afinal estou acostumada a tomar vinhos jovens e meu paladar não está habituado com estes vinhos de guarda, apesar de reconhecer que o vinho era muito bom.
O que é perfeito, pois o dinheiro que eu tenho não compra esta categoria de vinhos, então por vezes agradeço não ter o paladar não aperfeiçoado.
Santé!
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