A vida está voltando ao eixo certo, aquele em que a gente saía de casa para encontrar pessoas e viver.
Tenho me policiado para dizer "sim" a alguns compromissos, pois a preguiça - que a pandemia deixou - reina por aqui. Parece que a gente desacostumou e agora ficar em casa vendo Netflix, com uma taça de vinho, é o habitual. Mas depois de tudo que passamos, a falta que sentimos de ver e conversar com pessoas, nos dá a certeza de que precisamos dizer "sim", nos encher de energia e sair de casa.
Paulo Marques, Júnior, Cristiana, Jane |
A Reila - da Anagrama - me convidou para um jantar bem especial. Aceitei, motivada a conhecer vinhos novos e conversar com Paulo Marques - Diretor de exportação da Cava Messias - e com o pessoal da Casa Flora - importadora que traz os vinhos para o Brasil. Mas o jantar foi muito mais que isso, foi uma retomada de VIDA.
Os vinhos eram da Cave Messias, de Portugal, uma vinícola tradicional do país que produz vinhos em 4 regiões: Douro, Bairrada, Dão e Vinho Verde.
Os vinhos da noite foram:
Quinta do Valdoeiro Chardonnay 2018. Um vinho da região da Bairrada, que apresentou aromas de frutas brancas e amarelas. Na boca, é untuoso, com boa acidez e um frescor que ajuda o vinho a descer redondo. Além disso, apresenta uma mineralidade e harmonizou muito bem com as entradinhas da noite.
O segundo vinho - o meu preferido da noite - foi o Quinta do Penedo Tinto 2016. Da região do Dão, um vinho que passou 12 meses por madeira, sendo que em sua maioria barrica usada, o que isso significa? Significa que o vinho ficou perfeito. Isso porque eu adoro vinhos onde a madeira só participa do processo para arredondar e bebida e não para aportar aromas e sabores muito presentes. O vinho apresentou aromas de frutas vermelhas e um toque floral. Na boca é puro equilíbrio. Taninos macios e afinados com uma acidez ainda presente. Um vinho que harmoniza com a vida, simples assim.
O último vinho da noite, foi o Quinta do Cachão Touriga Nacional. Um vinho da região do Douro, bem mais concentrado, uma explosão de aromas. Intenso, com notas de frutas maduras. Na boca é um vinho equilibrado, com tanino bem presente, mas ainda assim macio e uma boa acidez. Um vinho que "abre o apetite" e harmonizou muito bem com o prato de filé Mignon da noite.
O jantar - no Restaurante Viccolo Nostro - foi agradabilíssimo e realmente me fez acreditar que vale a pena deixar o Netflix de lado de vez enquando.
Santé!
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