Degustação às Cegas de Tempranillo

Faz tempo que não apareço por aqui, mas é porque a vida anda um tanto esquisita com tudo isso que vivemos nesses últimos 2 anos, né!? Como ter vontade de escrever? A verdade é que a máxima do quanto mais tempo a gente tem livre, menos coisa a gente faz é super verdade. 

Agora, finalmente os eventos estão voltando e, com isso, eu voltando a trabalhar com foto. VIVA! Ao mesmo tempo que estou cheia de coisas pra resolver me deu uma vontade absurda de escrever sobre uma degustação que participei semana passada. (vamos e venhamos, uma coisa está ligada a outra, antes sem ter nada pra fazer, também não tinha muito o que escrever.)

Chega de papo furado e vamos logo para o assunto que importa. Participei com 2 casais de amigos de uma degustação às cegas (enrolados em alumínio) de Tempranillos bem interessantes. O foco principal? BRASIL, mas claro que rolou uns espanhóis, né!?

Primeiro vou falar sobre 3 fatos curiosos que devem ficar marcados na memória (e como minha memória é ruim, mais um motivo para registrar por aqui), depois sobre o vinho que mais gostei e por último um panorama da noite. 

1º fato: no primeiro painel tivemos dois vinhos bem diferentes. Um que parecia ser jovem, frutado, cheio de vida - chutei 2020 - e o outro pensei ser de 2010. Ou seja, este segundo com notas oxidativas, um vinho bem evoluído. Para nossa surpresa os vinhos eram (além de ser do Vale do São Francisco - que já foi uma surpresa) iguais. Sim, mesma vinícola - Rio Sol - mesma safra, mesmo tudo. Ou seja, com certeza um deles teve problemas de armazenagem e com isso entrou em declínio muito antes do que deveria. 

Lembre-se: é importante como você guarda os vinhos e também saber de onde eles vêm, como a loja em que você compra costuma armazená-los. 

2º fato: tive a oportunidade de provar um vinho que já havia ouvido falar, e falar muito bem, o Stella Valentino - de MG. Para a minha surpresa, às cegas, eu simplesmente não gostei do vinho. Sem fruta, apenas com um forte defumado que dominava tudo. Falamos com a vinícola que explicou que, nesta safra, teve uma queimada muito intensa por perto e que as uvas absorveram estas características. Na minha opinião, não deveriam ter engarrafado, porque eu vou querer provar de novo - afinal todo mundo fala bem - mas outras pessoas podem experimentar essa safra e simplesmente não comprar mais. 

3º fato: descobri que existe uma vinícola em São Borja no RS. A vinícola Malgarim. Eu desconhecia! E para minha surpresa, eles fazem vinhos incríveis. ADOREI TODOS. 

E pegando o gancho desse último fato, o vinho que eu mais gostei foi um vinho de São Borja. O Sepé Tempranillo 2019, da Vinícola Malgarim. O vinho apresentou aromas de frutas maduras, com notas de baunilha, café e um toque de especiarias. ADOREI! Encorpado, com álcool equilibrado, taninos macios e boa acidez. 

Para terminar segue todos os vinhos da noite. 9 garrafas em 6 pessoas. Parece que esse povo não brinca em serviço, já pedi para o próximo encontro ser no almoço, se não eu não dou conta. 

Santé!

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