Sim, eu gosto de Merlot.

A idéia de participar de uma degustação com o título "Merlots pelo Mundo" não seria um evento atrativo para mim. No entanto, depois de tudo que já aprendi, uma coisa ficou clara: nunca se deve deixar de experimentar alguma coisa por preconceito e que tanto no mundo do vinho, como no resto todo, não existem verdades absolutas. 




Sim, minha preferência não é mesmo Merlot, mas depois de tanto aprendizado não posso mais dizer que não gosto desta variedade, pois já provei exemplares simplesmente incríveis. Enfim, quando percebi já estava sentada no auditório do Spa do Vinho, pronta para degustar nove Merlots às cegas e aprender um pouco mais sobre esta uva e seus vinhos.
Para nos receber o casal anfitrião, Aldemir Dadalt e Deborah Villas-Bôas Dadalt. Eles souberam muito bem transformar aquelas horinhas em aprendizado.
De todos, separei três que me chamaram atenção:




O Miolo Merlot 2009, do Vale dos Vinhedos, é um vinho com um incrível custo x benefício. Redondo e equilibrado, capaz de conquistar não só no sabor, mas também pelos aromas rico em frutas maduras com toque de especiarias.




O outro vinho que gostei muito foi o VE 2005, um vinho produzido pelo próprio hotel. Complexo, macio e intenso, apresenta aromas defumados e animais, além da ameixa, que se destaca acima do restante.
O vinho é para poucos, a idéia não é vendê-lo por ai a fora, e sim degustá-lo la mesmo com aquela beleza e glamour do lado de fora da janela.




O terceiro vinho que selecionei foi o Storia 2008, da Casa Valduga. Um vinho que há tempos eu queria provar. Realmente é um super investimento, a cada gole uma sensação nova de amor e ódio. Ódio, porque seus aromas são intrigantes e muito complexos, fazendo com que me batesse uma pequena revolta por não conseguir identificá-los. No entanto, após uns minutos, os aromas se abrem e as frutas maduras, surgem para acalmar nosso coração e ai aparece o sentimento de amor que desde o primeiro gole nos conquista.
Em uma palavra eu diria que o Storia é puro "equilíbrio", pois além de ser um vinho redondo ele beira o divino.




Enfim, eu só tenho a agradecer ao super "Enocasal" que nos levou nessa aventura para me fazer entender de uma vez por todas: sim, eu gosto de Merlot.
Santé!

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