Routhier & Darricarrère - Uma incrível experiência

Essa semana tivemos uma degustação muito legal na Confraria de Terça - da Sbav-SP. 

Era pra ser apenas mais uma degustação, como fazemos toda terça-feira, mas com certeza foi uma das mais legais. 

Recebemos Anthony Darricarrère e Julio Gostisa para nos falar um pouco sobre os vinhos da Routhier & Darricarrère. Foi incrível. 


Anthony, enólogo e proprietário da vinícola, é um cidadão do mundo. De origens Francesas, nascido no Uruguai e com cursos e estágios na Califórnia. Ele traz para os seus vinhos características bem particulares, por ter como meta, respeitar o terroir, mas com foco no que acredita. 

O auge da nossa degustação foi conhecer mais um pouquinho da rainha das uvas tintas, a Cabernet Sauvignon. 

Sempre ouvimos falar que a Cabernet Sauvignon é a uva mais plantada no mundo, que dá em qualquer lugar. Além disso, ouvimos diversos enólogos contando como o tempo certo de maturação para a colheita é importante, mas Anthony nos contou um pouco, de forma bem diferente e prática, como ele faz a vindima da R&D e qual a importância real de prestar atenção na maturação da uva antes de decidir colher. Foi um espetáculo de aprendizado. 

Na degustação provamos o Província de São Pedro Chardonnay. Um varietal que passa 6 meses em barrica, mas são barricas usadas que acrescentam apenas elegância ao vinho, preservando as características da fruta. No nariz apresentou frutas cítricas e tropicais como limão e abacaxi, com notas de baunilha e um toque leve de manteiga (proveniente da malolática interrompida).  Na boca, um vinho equilibrado, elegante, com bom corpo e um final super persistente - daqueles que faz o vinho render.

Mas, depois de toda aula sobre Cabernet Sauvignon que tivemos, a estrela da noite com certeza foi o vinho Salamanca do Jarau. Um vinho elaborado com um blend de Cabernet Sauvignon vinificados de forma diferente. Parte do vinho é vinificado da forma habitual e parte apenas com leveduras selvagens. Além disso, o vinho passou 12 meses em um blend de barricas francesas usadas - com diferentes idades - e isso trouxe para o vinho uma elegância absurda. O vinho tem zero "pimentão" (o que pra mim é a maior qualidade) e apresentou aromas de frutas negras maduras, com um leve toque de couro. Na boca, corpo médio, taninos macios e boa acidez, tudo de bom para classificá-lo como um vinho equilibrado, que é o que eu, Janice, mais amo nos vinhos, quando nada grita e tudo chega pra gente como um carinho.

Enfim, muito obrigada ao Julio e ao Anthony. Foi muito bacana conhecer o trabalho de vocês mais de pertinho. 

Santé!

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