Já contei pra vocês das minhas infinitas confrarias, né!? A maioria é mais focada em relações humanas e conhecer pessoas. Mas uma em específico, é super focada no vinho. Essa é o "Grupo de Estudo", resolvemos não dar nome divertido, justamente para não esquecer a razão de ser dos nossos encontros.
Este mês o tema era Malbec. Sempre às cegas, inventamos um tema e focamos em conseguir adivinhar as perguntas de quem organizou sempre tentando descobrir o que estamos bebendo.
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| Esquecemos de fazer a foto oficial, só lembramos no elevador, então ficou faltando a Dri. |
A brincadeira dessa vez foi pegarmos 3 Malbecs Argentinos de faixas de preços diferentes e tentar descobrir qual era qual. Isso para entender o quanto o valor do investimento realmente importa na hora da experiência de degustar. Os preços médios para consumidor final, no Brasil, eram: R$80, R$400, R$1200,00.
O primeiro foi o La Linda Malbec. Um Malbec leve e saboroso! Sem passagem por madeira, o vinho é mais vivo, mais jovem. Aromas intensos de frutas vermelhas, com destaque para cereja e notas florais. Na boca, leve, com boa acidez e taninos suaves. R$80
O segundo foi o Angelica Zapata que passa 18 meses em barrica de carvalho (50% barricas novas). Isso trouxe para o vinho complexidade. Apresentou aromas de frutas vermelhas maduras, com notas de groselha, pimenta preta, chocolate e especiarias em geral. Na boca é elegante, com boa acidez e encorpado. É um vinho gordo, com taninos macios e um final persistente. R$ 400.
E por último o Catena Zapata Malbec Argentino, rótulo ícone da vinícola. O vinho passa também 18 meses de barrica de carvalho francês. Apresentou aroma intenso de frutas vermelhas maduras e notas de frutas negras. Além de tabaco, chocolate, especiaria e um toque floral e notas defumadas. Na boca o vinho é encorpado, com alta acidez e taninos finos e elegantes. Este, com certeza ainda dura muitos anos na garrafa.
Antes de terminar, queria contar um pouco da história do rótulo deste vinho. Ele é lindo d+ e nos conta a história da uva Malbec. (da uma olhada no vídeo)
Começa com uma imagem representando Leonor de Aquitânia, rainha que governou a Inglaterra e a França e que amava o Malbec de Cahors. Representa o nascimento da uva Malbec.
Na sequência tem uma imagem que representa os imigrantes europeus que chegaram a Argentina.
Logo em seguida vem a temida e devastadora Filoxera, imagem representada por uma caveira. Ela representa o caos vivido em função da praga e seu renascimento no novo mundo.
Por último a imagem que representa Adrianna Catena, simbolizando a nova fase da uva, na qual a Argentina se especializou e exportou ao mundo como sua especialidade.
É mais ou menos isso!
Para terminar, queria dizer que acertamos a faixa de preço as cegas e até mesmo reconhecemos o que tinha em cada garrafa, menos a de R$80, que apesar de termos acertado qual era o valor, não acertamos o rótulo.
Enfim, a nossa conclusão foi que do de R$400 para o de R$1200 existe uma diferença sim, mas não o suficiente para valer tamanho investimento. O nosso preferido da noite então foi o Angelica Zapata, com muito estilo e um preço mais razoável.
P.S) também tomamos um branquinho básico e amado, o Sauvignon Blanc da De Martino e dois espumantes bem interessantes um o EZ Extra Brut e outro o Buffon Método Ancestral que é incrível e super vale a experiência.
Santé!
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