Este mês aconteceu o evento "Vinhos de Portugal" aqui em São Paulo e no Rio de Janeiro. Claro que só fui no evento daqui, mas tenho certeza que ambos foram igualmente incríveis.
Este ano foi o 10º ano do evento no Brasil e contou com mais de 80 produtores e enólogos.
Portugal possui uma grande diversidade de terroirs e em consequência disso uma grande diversidade de estilos de vinhos. São 14 regiões distintas nas quais cada uma tem características específicas e ao mesmo tempo uma variedade gigantesca de vinhos. Afinal, é um país com uma infinidade de uvas o que se reflete nas suas garrafas. Isso sem falar no fato de que Portugal tem a tendência em elaborar blends, o que aumenta ainda mais as possibilidades de resultados.
No evento, selecionei dois produtores incríveis. Um bem conhecido e tradicional aqui no Brasil e outro que ainda está por chegar ao nosso país.
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A história da vinícola Mouchão tem início em 1824, mas é um 1901 que surge a Adega Mouchão. Seus vinhos foram vendidos a granel até 1949 quando foi engarrafado o 1º vinho da vinícola. Em 1954 eles começam a ser rotulados como Mouchão.
Eu experimentei o Mouchão Dom Rafael 2019. O vinho é um blend de Alicante Bouschet, Aragonez, Castelão e Trincadeira. Apresentou aromas de frutas negras com notas de nuts e um toque tostado. Na boca, macio, equilibrado e com uma estrutura maravilhosa.
Depois experimentei o clássico Mouchão 2015. Este foi o 1º vinho da vinícola engarrafado em 1949, d+, né?! O vinho é da safra 2015 ou seja tem quase 10 anos de vida, desde a colheita. Mas o seu processo de produção é bem demorado. O blend de Alicante Bouschet e Trincadeira permanece 5 anos em produção para dar origem ao vinho cheio de estrutura, complexidade e personalidade. O vinho apresentou aromas de frutas negras, notas de cassis e um leve toque de menta. Na boca é encorpado, estruturado, mas com elegância, macio e muito agradável.
Pra terminar o pior: acreditam que depois de anotar toda a história eu esqueci de anotar o nome do representante da vinícola? Só eu mesma! Se alguém souber, por favor me avise.
Depois fui experimentar uns vinhos que ainda não estão no Brasil. Tenho certeza que em breve chegaram por aqui, afinal são bons d+.
E vamos lá, errar é humano, mas repetir o erro é burrice. Então, dessa vez anotei o nome do enólogo com quem conversei. Jorge Rosa Santos trabalha em 4 vinícolas diferentes. Eu tive o prazer de provar os vinhos do seu projeto familiar. Junto com seus irmãos faz as linhas Implicit e Explicit, ambas incríveis.
A Implicit traz vinhos muito bem feitos, mas mais para o dia a dia de consumo. Já os Explicit são daqueles que costumo dizer que valem uma noite de comemoração.
O Explicit elementar está incrível. Super macio, com aromas de frutas vermelhas e notas cítricas. Na boca é redondo, agradável, com taninos elegantes.
O Explicit Suplementar é um pouco mais complexo. No nariz também apresenta bastante fruta, mas tem notas defumadas, café e um toque de tabaco.
Enfim, ainda provei uma série de vinhos neste dia, mas não tem como contar tudo por aqui!
Parabéns aos organizadores.
E até a próxima!
Santé!
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