Marco Antonio De Martino no Brasil.

Semana passada tive o prazer de degustar novamente os vinhos da De Martino, trazidos para o Brasil pela Winebrands. 

A De Martino foi fundada em 1943, sendo que foi a primeira a colocar no mercado e exportar um varietal de Carménère. Isso apenas em caracter de curiosidade, pois os vinhos que provamos foram bem diferente. Vinhos com menos intervenção que demonstram a real expressão da uva. 

Estive com Marco Antonio de Martino, e provei os seguintes rótulos. 


O Gallardia Cinsault 2022 é feito com uvas colhidas de videiras de mais de 35 anos de idade, plantadas em pé-franco (sem enxerto). Estagiou em tanque de inox, sendo que ficou por 40 dias em maceração com as cascas. O vinho apresentou aromas de frutas vermelhas, notas florais e um toque de especiaria. Na boca é redondo e saboroso, com taninos macios e boa acidez. 


Depois experimentei o De Martino Las Olvidadas 2019, um vinho um pouco mais complexo e encorpado. Este blend, de País e San Francisco, apresentou aromas de frutas vermelhas maduras e negras, com notas balsâmicas e um toque floral. O vinho estagiou 12 meses em barricas usadas o que quer dizer que teve tempo para amaciar e deixar seus taninos sedosos, mas bem presentes. 


Depois degustei o De Martino Viejas Tinajas Muscat 2018, que estagiou 6 meses em ânforas de terracota e não é filtrado, nem clarificado, ou seja, apresenta sedimentos que contribuem para sua complexidade. Aqui cabe um parêntese de que a Muscat também é conhecida como Moscatel de Alexandria. 
O vinho apresentou aromas de frutas amarelas, lichia, um toque de terra molhada e notas oxidativas que fazem parte do seu estilo de vinificação. Na boca o vinho é estruturado, com  boa persistência e frescor. 


Deixei por último, mas na verdade foi o primeiro vinho que experimentei no dia. O Gallardia Old Vine White 2019 é um vinho fantástico. Um blend das uvas Muscat e Corinto colhidas de videiras de mais de 100 anos plantadas em pé-franco. O vinho passou 6 meses em barricas usadas de carvalho sobre as lias e apresentou aromas de frutas maduras, flores brancas e um mineral espetacular. Na boca, é redondo, gordo sem perder a refrescância. 


Fiquei tão animada com o vinho que no fim de semana resolvi abrir o que tinha em casa para ter certeza do que tinha achado e confesso que estava melhor ainda. Afinal, beber em casa entre amigos tem um temperinho a mais que transforma em perfeita a experiência de degustar um bom vinho.

Santé!

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