Semana passada tive o prazer de degustar novamente os vinhos da De Martino, trazidos para o Brasil pela Winebrands.
A De Martino foi fundada em 1943, sendo que foi a primeira a colocar no mercado e exportar um varietal de Carménère. Isso apenas em caracter de curiosidade, pois os vinhos que provamos foram bem diferente. Vinhos com menos intervenção que demonstram a real expressão da uva.
Estive com Marco Antonio de Martino, e provei os seguintes rótulos.
O Gallardia Cinsault 2022 é feito com uvas colhidas de videiras de mais de 35 anos de idade, plantadas em pé-franco (sem enxerto). Estagiou em tanque de inox, sendo que ficou por 40 dias em maceração com as cascas. O vinho apresentou aromas de frutas vermelhas, notas florais e um toque de especiaria. Na boca é redondo e saboroso, com taninos macios e boa acidez.
Depois degustei o De Martino Viejas Tinajas Muscat 2018, que estagiou 6 meses em ânforas de terracota e não é filtrado, nem clarificado, ou seja, apresenta sedimentos que contribuem para sua complexidade. Aqui cabe um parêntese de que a Muscat também é conhecida como Moscatel de Alexandria.
O vinho apresentou aromas de frutas amarelas, lichia, um toque de terra molhada e notas oxidativas que fazem parte do seu estilo de vinificação. Na boca o vinho é estruturado, com boa persistência e frescor.
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