Quando eu vi na programação que teriam palestras do português Rui Falcão, não perdi tempo e reservei vaga em todas.
Pessoas que sabem muito, existem várias, mas dar aula não é uma questão de conhecimento é questão de "Dom", de "Vocação". Quem tem didática, como o Rui Falcão, tem mesmo a missão de passar informações para o mundo.
A primeira palestra foi apenas sobre vinhos brancos do Alentejo. Sim, pois uma região como esta, com muito climas, consegue ter uma diversidade muito grande de vinhos. Experimentamos, brancos aromáticos, com acidez bem equilibrada e muitas outras peculiaridades.
Na aula o que mais gostei foi conhecer algumas uvas portuguesas e descobrir o que cada uma dela oferece ao vinho:
Fernão Pires: aromas de pera e maça.
Roupeiro: volume do vinho.
Antão Vaz: aromas de flores, frutas cítricas.
Arinto: acidez.
Na aula sobre a diversidade de Portugal, uvas únicas, tive a oportunidade de aprender um pouquinho mais sobre a região e alimentar a minha vontade de conhecer o Alentejo. Ouvimos um pouco sobre a história do lugar, como esta terra cresceu e se desenvolveu na produção da viticultura, a mais nova D.O de Portugal, mas uma das mais antigas produtoras de vinhos. Para nós, brasileiros, fica fácil entender isso, pois quando Cabral veio para o Brasil, era do Alentejo o vinho que estava nas caravelas, o famoso Pêra-Manca.
Enfim, parabenizo o Rui Falcão e aproveito para clamar por mais pessoas que tenham o dom de ensinar.
Santé!
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