Degustação Frescobaldi no Brasil

O assunto de hoje é uma degustação muito bacana que fui esta semana com a Melissa Tondini, Gerente de exportação e vendas da Frescobaldi. 

A degustação era uma parceria com a Winebrands, importadora que traz os vinhos da vinícola Frescobaldi para o Brasil, com a Eno Cultura, escola master legal de vinhos - onde fiz meu curso Wset.

A Frescobaldi é uma renomada vinícola da Toscana - na Itália. Foram os primeiros a plantar castas internacionais na Toscana, mas sempre buscando excelência em seus vinhos. A vinícola cultiva a diversidade por toda a Toscana, respeitando cada Terroir de norte a sul da região italiana. Inclusive, a mineralidade vulcânica encontrada em Montalcino, está presente em seus Brunellos super tradicionais. 

Os vinhos que degustamos foram:

REMOLE ROSSO TOSCANA I.G.T. 2020

Um vinho mais simples. Corte de Cabernet Sauvignon e Sangiovese que não passou por barricas. Apresentou aromas de frutas vermelhas frescas, com destaque para framboesa. Na boca, um tanino leve e bem equilibrado, com uma boa acidez.

CASTIGLIONI CHIANTI 2020

Este Chianti é mais simples, mas extremamente saboroso. Um corte de Sangiovese e Merlot, super rubi na taça, que apresentou aromas de frutas vermelhas - framboesa e morango. Na boca é equilibrado, com taninos finos e elegantes.

NIPOZZANO CHIANTI RUFINA RISERVA 2016

Este Chianti já é mais intenso e complexo, mas ainda é um vinho fácil de beber. Claro que não da pra comparar um vinho 2020 e um vinho 2016, afinal, neste caso, os anos de garrafas trazem muita complexidade a bebida. O vinho é um corte de Sangiovese, Malvasia Nera, Merlot e Cabernet Sauvignon que passou 24 meses em barrica. Aromas de frutas negras maduras e notas florais. Na boca tem aquele gosto clássico de vinhos italianos, taninos macios e super equilibrado. 

POMINO BENEFIZIO RISERVA D.O.C. 2018

Depois fomos para um branco, sim um branco no meu de uma sequencia de tintos clássicos da Toscana. Pode acreditar: deu certo. Tanto deu certo, que foi o meu preferido da degustação. O Pomino é um varietal de Chardonnay, que passou por 10 meses de barrica, em contato com as borras, sofrendo batonnâge de vez em quando. Por isso, apresentou aromas cítricos, com algo de flor de laranjeira e uma leve nota de resina. Na boca é untuoso e com uma acidez esplendida. 

PERANO CHIANTI CLASSICO D.O.C.G. 2016

Depois voltamos para os tintos, mas em outro patamar de tintos. Esse Chianti clássico já não apresenta nada de levinho. Também é um corte de Sangiovese e Merlot (que nem um dos que tomamos antes), só que bem diferente. O vinho passou por 24 meses de barricas e apresentou aromas mais complexos que os outros Chiantis. Aromas de groselha, frutas maduras, um toque floral e notas de tabaco e chocolate. Na boca é mais intenso, com boa acidez, mais persistência e um toque de pimenta. 

CASTELGIOCONDO BRUNELLO DI MONTALCINO 2016

Para fechar a degustação tomamos um Brunello, que só começou a ser comercializado 5 anos após a sua elaboração. 100% Sangiovese, com aromas de ameixa madura, notas de cereja e um toque de canela, café, chocolate e tabaco. Com muita complexidade no nariz e também na boca. Taninos aveludados e bem intensos, bem encorpado, com um bom volume de boca. Um vinho que aguenta 30 ou 40 anos em garrafa, basta saber se conseguimos esperar até lá para consumi-los. Ah! Um outro detalhe, que quase esqueço de contar, é que o carvalho utilizado neste vinho é Esloveno. O que isso quer dizer? Segundo especialistas, que o vinho ganha mais estrutura, fruta e persistência. 

Enfim, a degustação foi fantástica.

Agradeço o convite e a oportunidade de provar essas preciosidades da Toscana. 

Santé!

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