Degustação De Martino do Chile!

Hora de dar uma folga nas publicações da minha viagem para a Argentina, e com isso, não acumular as publicações atuais. 

Então, vem comigo rapidinho num bate e volta ao Chile, só que sem sair do Brasil.

Fui numa degustação muito especial da vinícola De Martino, com a presença do Marco Antonio - enólogo da vinícola, que aconteceu na Eno Cultura - escola incrível de vinhos.

A De Martino foi fundada em 1934 e está na quarta geração. Sempre fazendo vinhos que buscam mostrar cada Terroir, cada vez com menos intervenção. 

E como eles estão com uma nova importadora por aqui, organizaram uma série de eventos para divulgar os novos rótulos que chegaram ao Brasil. 

Da uma olhada nos vinhos que degustamos. 


De Martino Quebrada Seca Chardonnay 2009, um vinho branco de guarda (sim, existem ótimos exemplares brancos de guarda, mas precisa dar uma pesquisada na hora de comprar, para não cair em fria) que não passou por madeira.  Aromas de frutas maduras, notas de grafite e um toque mineral bem presente. Na boca, fresco, cremoso e super saboroso. 


Depois fomos para o De Martino Old Vine Series Las Olvidadas Mezcla Tinta 2019, um corte de País e San Francisco, duas uvas que não estamos muito acostumados por aqui. O vinho é feito com vinhas velhas e passou por 12 meses de barricas. Apresentou aromas de frutas vermelhas frescas, notas florais e um toque de balsâmico. Na boca, boa acidez e taninos macios. 


A seguir experimentamos o De Martino Old Vine Series Las Cruces Malbec | Carménère 2017. Um vinho bem equilibrado com boa acidez e taninos bem marcados. Aromas de frutas negras maduras, uma nota floral e um toque terroso. 

Queria fazer um parênteses aqui para falar de um movimento que nasceu em 2010 chamado VIGNO - Vingadores Del Carignan - um grupo de produtores que se uniu para proteger e preservar a Carignan da região do Maule. A marca funciona "tipo" uma DO, sem ser DO, mas ela prevê regras para compra, preço, bem como formas de vinificação. Por exemplo, para usar a marca VIGNO no rótulo, o vinho precisa ter 85% de Carignan, passar por um estágio de 24 meses (não identificando onde) antes de ir pro mercado, além de ter a garantia que as vinhas utilizadas têm no mínimo 30 anos de idade. 


O vinho que degustamos o De Martino La Aguada Old Vines Carignan 2010, não possui a marca VIGNO, pois a safra que degustamos era anterior a associação. Na verdade, do mesmo ano de sua criação. Atualmente este vinho possui um rótulo novo que, este sim, está identificado como VIGNO. Gente, que vinho! Um equilíbrio só. O vinho é um corte que possui, além dos 85% de Carignan, 15% de Malbec, Cinsault, Cabernet Sauvignon e Carménère. Super elegante. 


Depois experimentamos o vinho La Cancha Cabernet Sauvignon 2018. Um Cabernet sem notas herbáceas, como eu gosto, com aromas de frutas negras maduras, notas florais, um toque de tabaco e especiarias. Na boca é intenso, com tanino marcantes, mas macios e uma acidez bem presente. 


Por último, degustamos o De Martino Armida 2011, afinal não tinha como terminar uma degustação de uma vinícola chilena sem experimentar um Carménère. Este estava bem equilibrado e sem a presença da famosa pirazina, o que para mim é uma grande qualidade. Apenas aromas mentolados bem leves, frutas vermelhas, notas de pimenta negra além de um toque balsâmico. Além de carménère, ele possui 20% de Cabernet Franc.


Enfim, a degustação foi um espetáculo, é sempre muito bom ouvir enólogos falando de seus vinhos, aprendemos a perceber o que está por traz da garrafa, a olhar o vinho desde a videira. 

Agradeço a todos pelo convite. 

Santé!

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