Mercado San Antón, em Madrid


Madrid é mesmo uma cidade maravilhosa, mas entre tantas coisas que temos para fazer em um cidade turística a necessidade de comer se torna quase um coadjuvante. Vi muitas pessoas passando no supermercado para comprar um lanche qualquer e, com isso, além de ganhar tempo, poupar dinheiro.
Mas comer pode ser parte do passeio e até mesmo se tornar o protagonista da história, se procurarmos os lugares certos.

Restaurante El 26 em Madrid


Eu passei um tempo programando a nossa visita à Madrid, neste meio tempo pesquisei em vários sites, lugares para conhecer, lugares para comer, lugares para visitar… 
Enfim chegou a hora de viver toda aquela programação e para minha surpresa resolvi viver o mundo incrível de opções que existe fora dos guias aos invés de andar pelo mundo "virginiano" programado. 

Wines of Chile em São Paulo


Esta semana aconteceu em São Paulo, no hotel Unique, o evento da Wines of Chile no Brasil. O nosso país é super importante para o setor vitivinícola do Chile. Desde 2002 eles lideram a lista dos países de quem importamos vinhos, cerca de 45% da nossa importação vem só do Chile. É muita coisa! 
Eu costumo dizer que, para o paladar do Brasileiro, vinho chileno tem aromas e sabores de vinho, ou seja, por ser o nosso habitual, acaba sendo o que temos como referência. 



Mas o mais legal de ter ido neste evento foi poder participar da MasterClass, que focou em mostrar as inovações com uvas antigas e menos comuns, dentre elas, Sauvignon Gris, Pedro Ximénez, Moscatel, Corinto, Verdejo, Cinsault, Pais, Carignan, Grenache, Mourvèdre e Marsanne. Muitas delas você nunca deve ter ouvido falar, mas isso é o bacana, preste atenção nessas uvas e quando passar por uma garrafa, aproveite para experimentar. 
Degustamos 10 vinhos, 5 tintos e 5 brancos. Escolhi um de cada para dar mais detalhes.



Dos brancos escolhi o Gallardia Blanco 2014. O vinho é um corte de 70% Moscatel e 30% Corinto. Apresenta aromas incrivelmente perfumado com base em flores e um leve toque adocicado. Na boca é fresco e com uma boa acidez. Além disso, apresenta um volume de boca expressivo, característica que vem da Corinto.



Dos tintos escolhi o Éclat 2009 da Valdivieso. O vinho é um corte de 65% Caragnan e 35% Mourvèdre que passa 12 meses em barricas de carvalho francês. Ele apresentou aromas florais e de frutas vermelhas, além de um leve toque de especiarias. Na boca, reafirma a fruta vermelha e se mostra puro equilíbrio. Tanino presente e macio, acidez na medida certa e um final de boca saboroso. Gostei bastante.

Enfim, o mais legal de falar de uvas diferentes é tentar mostrar para o consumidor brasileiro que não podemos ficar na zona de conforto, o mundo tem muito a nos oferecer, precisamos arriscar e experimentar coisas novas.
Santé!

Little James Basket Press Rouge


Sabe aqueles dias que as 8 horas de trabalho mais parecem 18h? Fazemos tantas coisas que não da nem para acreditar que deu tempo para tudo. Isso não é motivação ou "vontade de", isso é necessidade. Precisamos trabalhar, precisamos cumprir prazos, precisamos que tudo dê certo no final do dia. Mas o melhor dessa história toda é que geralmente dá mesmo certo, e tudo que parecia impossível se resolve como num passo de mágica. É tudo deu certo, mas o cansaço mental está lá, nos atordoando, por isso nesses momentos o bom mesmo é encerrar o dia com chave de ouro e abrir um "vinhote".
Semana passada passei por um dia desses, de a gente pensar várias vezes na possibilidade de atirar tudo pro alto. Neste dia estava tão exausta que me deu vontade de voltar a ser criança, mas ai percebi que isso não seria possível então resolvi abrir uma garrafa de vinho, lado bom de ser adulto.
Escolhi o Little James Basket Press Rouge, um vinho trazido pela Winebrands para o Brasil. Feito 100% de Granache, ele apresenta aromas de frutas vermelhas, com notas de especiarias, principalemnte cravo e um toque de tabaco. Na boca ele é saboroso, equilibrado com taninos macios e boa acidez. O legal desse Francês é que ele não tem safra. É feito por um método que mistura a safra do ano com safras anteriores. Eu acho que além de dar constância ao vinho, também traz inovação para o mercado brasileiro, que por vezes se mostra retrógrado ao acreditar que vinho bom tem que ter safra, isso sem falar no fato de que o vinho é vedado por tampa no estilo screw cap, outro desafio que enfrentado no mercado deste país.

Enfim, o que importa mesmo é a gente seguir a vida. Porque quando a gente acorda no dia seguinte parece que tudo se resolveu e que todo estresse do dia anterior foi em vão.
C'est la vie.
Santé!