Onde comprar vinhos baratos e de qualidade?

Outro dia falei sobre o prazer de comprar vinhos em lojas especializadas. Pois bem, hoje vou falar das facilidades de comprar pela internet.




Como tudo na vida, comprar vinhos, de uma forma ou de outra, também tem prós e contras. O comércio virtual está crescendo em todos os setores, no universo das bebidas não é diferente, cada vez mais surgem sites novos com e-commerce que vendem vinhos de qualidade e entregam direto no conforto de seu lar. Isso é uma grande vantagem, é verdade, principalmente quando você sabe exatamente o que está procurando, neste caso, pra que perder tempo? Em alguns cliques a compra está feita e sua adega garantida. 
Mas como diferenciar um site do outro? Afinal, ofertas temos aos montes, o importante é a gente poder comprar tranquilo, com a certeza de que o produto chegará na nossa casa intacto e que os dados do nosso cartão de crédito estarão em segurança.
Dentre vários sites sérios que conheço, tem um novinho, o "Compre Vinhos" tem apenas 4 meses de existência, e já está se sobressaindo em alguns aspectos que eu considero importantes. 
Primeiro, o básico dentro do e-commerce, o site oferece segurança tanto na compra quanto na entrega. 


Segundo, e mais importante na prática: o site oferece preços realmente diferenciados. Eu já dei uma bela conferida no repertório deles e percebi que realmente os valores são mais em conta. Na minha humilde opinião, esta é a razão principal para abrir mão do prazer de passear numa loja física de vinhos. 
Por último o meu lado bairrista, além do fato do Rafael Zardo, idealizador do "Compre Vinhos", ser gaúcho, o site conta com um repertório de vinhos nacionais importante. A idéia de trazer cada vez mais parceiros brasileiros para o site me encanta, pois acredito que nós temos que dar mais valor para os produtos nacionais, que estão a cada dia se superando em qualidade. Nesses 4 meses eles já fecharam com 5 vinícolas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.


Quais? Aurora, Valmarino, Courmayeur, Gran Legado e Pericó. 
As cinco vinícolas possuem linhas de entrada e linhas diferenciadas, o que garante a possibilidade de agradar a todos os públicos.
Sempre que eu puder vou dar força para empresas que buscam beneficiar o consumidor final em suas negociações. 
Santé!

Vinhos para te aquecer no inverno!

A gente vive dizendo que o inverno é perfeito para tomar um bom vinho. Pois bem, eu até concordo, mas ainda acho que vinho é bom em qualquer estação do ano, o importante é saber escolhê-lo.
O calor pede vinhos mais leves e refrescantes já o frio exige um vinho que nos aqueça, intenso e marcante.


Por isso resolvi ajudá-lo a escolher os vinhos para sua adega neste inverno, mas se você não puder comprá-los, seja por não ter acesso, seja por causa do investimento, procure vinhos com as mesmas características que estejam ao seu alcance, o importante é se esquentar neste inverno.
Selecionei vinhos para todos os gostos, cardápios e bolsos. Tem vinho para tomar em jantares com amigos, vinhos para tomar em um dia especial e vinhos para tomar "vendo a novela". Basta escolher o que mais se encaixa ao que você procura.


O Chianti reserva Da Vinci 2009 está super redondo. Aromas perfeitos, sua intensidade é tão equilibrada que agradaria pessoas com várias preferencias. Eu o teria em casa para aquele dia em que recebemos uma notícia boa e que seria um desperdício não comemorar. Harmonizaria bem com uma massa com molho de funghi.


O Domaine de Chantegut - Vacqueyras 2007 é um vinho encorpado, complexo e completo. Eu simplesmente fiquei encantada com a harmonia que ele causa na boca. Também é um vinho especial, para degustar com amigos especiais, num dia especial. Harmoniza bem com carne assada.


O M.O. de Olivara é um vinho Tempranillo do Toro, bem intenso. Com bastante fruta madura, um toque de especiarias e muito carisma. Se você faz aniversário no inverno, abra uma garrafa dessas no jantar, tenho certeza que será uma bela companhia para uma noite agradável de festa. Harmoniza bem com carne vermelha.


O Espino Chardonnay - grand reserava é um branco com mais corpo, que combina com o inverno. Sim, branco no inverno. Um vinho com aromas delicados de frutas e flores. Na boca uma acidez ideal, que harmoniza muito bem com um cardápio mais leve, como frutos do mar.


Claro, uma seleção feita por mim não poderia ficar sem um Pinot Noir. Então, sugiro um mais encorpado, com menos cara de Pinot, mas sem perder a delicadeza desta uva, que é a minha preferida.
O Pinot Rodford Dale Freedom 2010 é excelente. Bem encorpado - para um Pinot - com aromas clássicos e um sabor delicado e intenso ao mesmo tempo. Eu harmonizaria com aqueles momentos em que a comida é coadjuvante e só se faz presente para forrar o estômago mesmo, como uns simples canapés.

Agora, foi o que eu falei: busque estes ou outros vinhos com as mesmas características de corpo e tanino, assim, quando você tiver que sair da cama quentinha pela manhã, pense que trabalhar é necessário para comprar o vinho certo que alegrará as noites frias deste inverno.
Santé!

Restaurante em Itu! (by Papo de Vinho)

Desde criança, quando vejo uma coisa realmente grande a expressão "é de Itu", é inevitável.
Lá encontrei uma sinaleira e um orelhão enormes, fora isso, um monte de tranqueiras grandes e de plástico para levar de "lembrancinha". Minha opinião: isso deve ser assim há anos, igualzinho. Minha sugestão: que tal fazer coisas realmente legais para as pessoas usarem de verdade após levar para casa? Que tal um saca rolhas gigante para decoração, ou enfim, qualquer coisa legal e que não seja de plástico para poder ser utilizada depois.




Mas o objetivo lá era almoçar e esse foi atingido em grande estilo, digino de Itu. 





Pedimos um Parmegiana que era do tamanho da fama da cidade. 


Estava uma delícia, acompanhado de batatinhas chips sequinhas e crocantes. Um verdadeiro banquete.
O restaurante era estilo "super alemão", com um ambiente familiar tanto nas mesas quanto no quadro funcional. Garçons com mais de 45 anos de casa e muita paixão pelo que fazem.




O seu Zé, por exemplo, foi extremante atencioso e me contou que trabalha no Restaurante "Bar do Alemão" com seu filho e genro. E pelo que entendi todos se consideram uma grande família.




Vinhos? Tem sim, uma carta básica, mas com coisas boas e apesar de ter uma parte dedicada a 1/2 garrafas, eu escolhi, em função do clima alemão do restaurante, uma bela garrafa de cerveja.




Valeu o passeio, mas não deu pra comprar lembrancinhas... 
Santé!

Vinhos baratos para encher a adega neste inverno!

Você que está em São Paulo já tem programação para este final de semana? Está frio, mas não se deixe abater pela preguiça. O Château de Jane traz um programão de inverno: além de tirá-lo de casa vai garantir vinhos ótimos para aqueles dias de frio nos quais o aconchego no nosso lar é a única alternativa.




A Wine Weekend é uma feira de vinhos, que nos oferece a chance de comprar vinhos de qualidade com descontos incríveis. O evento começou ontem e vai até domingo, no prédio da Bienal, no Ibirapuera, e este ano está com uma campanha de reciclagem de rolhas bem legal.
É uma grande oportunidade para o consumidor comprar vinhos diferentes, sem medo de errar, pois eles estão disponíveis para degustação e, o melhor de tudo, acompanhado de pessoas especializadas capazes de entender o que buscamos e nos apresentar rótulos incríveis.
Eu selecionei alguns "custo x benefício" para quem gosta de vinho "Bom, Bonito e Barato".


R$ 35,00 


Dominio Cassis 2008 - Cabernet Franc: um vinho que passou por 9 meses de barrica e por isso adquiriu características bem intensas. Eu diria que é um vinho para pessoas que gostam de vinhos potentes e leves ao mesmo tempo, pois é isso que seu equilíbrio proporciona.


R$ 38,00

O Casa Venturini Tannat, é um vinho incrível, que passou por 18 meses de barrica. Um vinho intenso como o inverno que está fazendo este ano por aqui. É um vinho equilibrado com notas bem definidas de frutas maduras e especiarias. Obteve notas excelentes na degustação às cegas da feira. 

R$38,60 

O Iris é um Malbec, bem Malbec. Um vinho aromático, que num primeiro momento parece muito intenso, mas que com o tempo as características da uva Malbec se sobressaem transformando-o em um vinho agradável. 




O mais legal é que na W&W Wine se você comprar 3 garrafas concorre a uma adega cheia de 8 garrafas e se comprar 6 garrafas concorre a uma adega de 16 e não importa o valor dos vinhos que você comprar. Aproveite!

R$37,00 

O outro vinho que eu gostei foi o Cadal Torrontés. Um vinho bem aromático, leve e fresco. Eu costumo dizer que é um exemplar daqueles clássicos para apresentar a quem diz não gostar de vinhos, mas não só para estes... é um vinho que no verão é capaz de agradar a todos. Vale a pena trocar o Sauvignon Blanc por um Torrontés de vez em quando, experimente.




Além dos expositores de vinhos, a feira ainda tem um espaço para apresentações musicais, um stand da livraria Fnac, recheado de livros sobre o assunto e expositores de cerveja, antepastos, revistas e uma escola que, eu particularmente, super gostei da proposta. A EnoCultura é uma representante da "Wset" aqui no Brasil e está com uma nova proposta descontraída e amigável. Passe no stand e descubra, através de uma degustação às cegas, que para aprender sobre vinhos é preciso apenas gostar de vinhos.

Lembrando que lá você tem descontos e, em alguns expositores, ainda pode negociar pela quantidade adquirida. 

Eu não comprei nada, "terei" que voltar outro dia para fazer as comprinhas do inverno e rechear minha adega!!
Santé!

"Dress Code": Bordô

Há um tempo tive a oportunidade de conversar com uma pessoa louca por vinho. O mais legal foi ver que nosso bate papo foi repleto de glamour, isso não somente porque o vinho já é o próprio requinte, mas também pela pessoa com quem conversei, que cheia de classe passou um tempo jogando papo fora comigo.
Enfim, conversei com a Cozete, sim uma das integrantes do Reality Show "Mulheres Ricas". O que ela tem a ver com o Château de Jane? O amor pelo vinho.
Em primeiro, já de cara ela chamou a minha atenção, estava vestida toda de bordô e quando perguntei se ela gostava da cor, a resposta foi instantânea, "é em homenagem a um Bordeaux que tomei ontem." ADOREI!!!



Fala sério, nunca imaginei que alguém fosse escolher sua roupa pensando num vinho, vou ter que comprar um vestido pra mim na cor "Pinot Noir"... definida a próxima compra da Jane!

Então, continuamos conversando e ela me falou que gosta de tomar uma taça por dia para a saúde do seu coração. Super apoiada, também tento tomar uma taça por dia, assim como os médicos indicam, excessos só em ocasiões especiais.



Quando perguntei seu vinho mais especial, fui surpreendida com uma resposta que muitos gostariam de dar: "Ainda não tomei, mas está em casa aguardando o dia do meu casamento, o Châteu Petrus". Boa resposta! Se eu tivesse muito dinheiro, certamente este seria um prazer que eu me daria.
Enfim, gostei de conversar com alguém que gosta de um bom vinho e que acima de tudo sabe apreciá-lo.
Santé!

Vinhos precisando de importador.

Eu sei que meu blog é para leigos apaixonados por vinhos e que importadores não são meu leitores assíduos, pelo menos não que eu saiba, mas resolvi escrever mesmo assim, vai que algum deles acaba lendo?!
Mês passado experimentei uns vinhos que gostei muito, mas que ainda não estão disponíveis no Brasil, infelizmente. Na oportunidade, conversei com as donas de duas vinícolas portuguesas e me encantei com ambas. Bem diferentes entre si, mas com uma coisa em comum o fato de quererem entrar no mercado brasileiro. 




A vinícola "Azamor", da região do Tejo, faz vinhos complexos no estilo francês. Eles buscam, através de cortes entre uvas portuguesas e tradicionais, produzir vinhos equilibrados que agradem ao paladar da maioria, sempre pensando que um vinho deve servir para mais de um momento, e, principalmente, que um vinho pode "ser" o momento.
Eu gostei de dois vinhos deles em especial:




Azamor Petit Verdot 2009, um vinho feito com um toque de syrah. Gostei bastante do resultado: puro equilíbrio. O que me encantou mais foi que ele consegue ser romântico e intenso ao mesmo tempo, amo vinho assim.




O outro que me chamou atenção foi o Icon d' Azamor 2004. Um vinho de guarda, equilibrado, complexo, muito saboroso mesmo. Um corte na medida certa de Syrah, Alicante Boushet e Touriga Nacional. 




A outra vinícola é a Quinta da Raza, da região do "Vinho Verde" uma empresa familiar que já está na quinta geração, passando sempre de pai para filhos, não apenas o negócio, mas também o amor pelo vinho.
Eles elaboram vinhos frescos e com boa acidez, perfeitos para climas quentes. Seguem os dois que mais gostei:




O Dom Diogo Arinto 2012, um varietal aromático e equilibrado, saboroso e cativante. Sua acidez é na medida certa para o que o vinho se propõe.




O outro, também varietal, foi o Dom Diogo Alvarinho 2012. Um vinho jovem, com ótima acidez. Aromático ao extremo. Este vinho é super gastronômico e combina perfeitamente com aqueles pratos de comerciais de televisão no verão.

Enfim, vou ficar aqui torcendo para alguém se "antenar" e trazer estes vinhos para que nós brasileiros tenhamos a oportunidade de colocá-los para protagonizar alguns momentos com nosso clima tropical.
Santé!

O prazer de comprar vinhos! (by Papo de Vinho)

Quando a gente realmente gosta de alguma coisa, viver em contato com ela nos deixa muito feliz.
Sabes aquelas pessoas loucas por carros que só de passar na Rua Colômbia (em São Paulo) já se realizam um pouquinho, ou os fanáticos por fotografia que sonham alto ao passar na Rua Conselheiro Crispiniano (Também em São Paulo)? Pois é, eu sou exemplo para ambos os casos, e claro, principalmente para o foco que vou abordar agora.




Onde tu costumas compra vinhos? Eu sei que pela correria do dia-a-dia a gente acaba comprando no supermercado mesmo quando vai fazer as compras da semana. Tudo bem, mas preciso dizer, comprar em uma loja especializada tem seu valor. Além das inúmeras opções de vinhos com qualidade, ainda podemos aprender e trocar uma idéia com a pessoa que nos atender. Isso é muito bacana, pois eu sou daquelas que adoro trocar uma ideia com alguém antes de comprar qualquer coisa.




Sou apaixonada pela sensação de poder viajar pelo mundo analisando cada rótulo. Agora se não frequentas essas lojas por imaginar que são bem mais caras que os supermercados, esquece, estás equivocado. 




Nesses locais especializados podes encontrar vinhos com um ótimo custo x benefício, e mais ainda, preços iguais aos do mercado com a vantagem de ter a pessoa que o selecionou para estar ali ao teu lado e poder trocar uma ideia com ela antes de adquirir o produto.
E não sinta-se envergonhado em chegar num lugar desses e falar abertamente que procurar um vinho de até "x" Reias, pois o vendedor está acostumado e será capaz de te mostrar as melhores opções no valor que queres gastar. Acredite!




Claro que também compro pela internet, é ótimo para não deixar a adega vazia quando estamos sem tempo, mas passear numa loja de vinhos tem seu valor e pode ser um programa agradável.

Em São Paulo sugiro:
- Specialitá bebidas (Campo Belo)
- Bacco's (Higienópolis)
- Casa do Porto (Jardins)
- Kylix (Higienópolis)

No Rio de Janeiro:
- Serrado Vinhos (Tijuca)
- Cavist 

Em Porto Alegre:
- Banca 38
- Vinho & Arte Casa



No Resto do Brasil eu não sei, mas se informe e experimente o prazer de passear no meio de tantos vinhos bons!
Santé!

* Fotos feitas na Kylix e na Bodega Franca.

A alegria italiana nos vinhos brancos.

Sabe o que eu mais gosto na Itália? A alegria do povo. Aquela coisa de receber bem, com bastante fartura e principalmente aquela gritaria de quem tem muito pra contar. Não dá pra não se contagiar com essa energia.




Essa semana fui no "Grandi Marchi - Instituto del Vino Italiano di Qualità" e experimentei vários rótulos interessantes. Sempre que vamos nessas feiras precisamos de um foco, isso porque é muita coisa e não podemos experimentar tudo, por isso foquei em ver o que a Itália poderia me apresentar de diferente.
Vamos aos vinhos:




O LaPietra 2008 é um Chardonnay encorpado, perfeito para esse friozinho leve que o inverno proporciona para a maior parte do Brasil. Um vinho que eu definiria como aconchegante! Adorei!




O Carpenè Malvolti - 188 Brut Prosecco Superiore DOCG é um espumante bem gostoso. Com todas aquelas características que se espera encontrar numa taça de perlage. Fresco, com boa acidez e muitos aromas envolventes. 




O outro branco é o La Fuga Contessa Entellina DOP 2011 - Donnafugata - um Chardonnay fresco e aromático, com notas de banana e melão. Na boca é frutado e não decepciona. Gostei bastante!

Onde já se viu ir numa feira de vinhos italianos e não escolher nenhum tinto?! Isso é porque estou numa fase de desmistificação, acho um tremendo absurdo as pessoas acharem que vinho branco é para o verão. Vinho branco é para todos os momentos alegres que temos vontade de tomá-lo e PONTO.
Mas teve um tinto que me chamou bastante atenção, e não posso deixar de citá-lo, pois estava bem equilibrado e macio do jeito que eu gosto.




O Barolo Ornato 2007 é um vinho com aromas de frutas maduras, estruturado, intenso, mas sem perder a elegância. 

A feira estava ótima, vinhos, comidinhas e muita gente conhecida para aquele "networking" básico. Gosto das feiras organizadas pela CH2A porque tenho certeza que vou encontrar a minha panela. 
Neste, foi uma oportunidade de estar com os meus amigos, Natália Pieta e Vitor Fernandes! Adorei a companhia de vocês.
Santé!

Uma seleção digna da camiseta canarinho.

Acho que falar em Copa do Mundo é inevitável nos dias de hoje, mas na boa, se é o caso de protestar o povo está atrasado, pois deveria ter o feito na época da candidatura do Brasil à país sede. Agora não adianta mais, o jeito é aproveitar para ajudar a nossa economia e infraestrutura a crescerem. 
Conheci os vinhos da Copa, vinhos licenciados pela Fifa. O que isso significa?! Não sei ainda, só saberemos depois que o campeonato acabar. Espero que signifique um pouco de desmistificação com relação à esta bebida que tanto gosto.




Conversei com a enóloga, Monica Rossetti, e com o Juliano Carraro sobre os vinhos e vamos logo ao que interessa: a linha Faces, da vinícola Lídio Carraro, que foi elaborada pensando no paladar brasileiro.




O branco é feito a partir de 3 uvas: Moscatel, Chardonnay e Risling Itálica, todas com 1/3 de participação. Preciso dizer, a Moscatel toma conta do vinho, é muito aromática e se sobressai na taça. Eu o definiria como um vinho refrescante, alegre e tropical, exatamente como o povo brasileiro.




O tinto já foi pensado com mais cuidado, uma seleção de 11 uvas como um time de futebol. A escalação foi a seguinte: Merlot e Cabernet Sauvignon no ataque, no meio de campo, Teroldego, Touriga Nacional, Tempranillo e Pinot Noir; na zaga, Tannat, Nebbiolo, Alicante e Ancellotta e no gol a Malbec.
O ataque é responsável pelo sabor, o meio de campo pelos aromas, a zaga pela estrutura e o goleiro pelo retrogosto e isso tudo resulta num vinho capaz de agradar gregos e troianos, um time digno de usar a nossa camiseta canarinho. 
Mas nada disso adianta, se não aproveitarmos para mostrar ao povo brasileiro que, seja na taça de cristal, de vidro ou de plástico o vinho pode sim ser o protagonista de qualquer festa, sofisticada ou popular.




Há uns dias, conversei com o gerente da Wines of South Africa, Matome Mbatha, país que recebeu a última copa, lá o consumo de vinho aumentou 30% após as ações vinculadas à esta paixão mundial. Basta saber se o Brasil vai desenvolver não apenas o transporte e estádios, mas também o consumo de produtos nacionais. Está na hora de parar de achar que o que vem de fora é melhor.
Vamos torcer para uma segurança melhor, para a honestidade, para os produtos nacionais e principalmente para a saúde do brasileiro melhorar e que um dia possamos ter o mesmo orgulho que temos da nossa seleção para todas as coisas vinculadas ao nosso Brasil.
Santé!

Vinho e comida, um "pas-de-deux" perfeito.

O que é mais gostoso do que tomar um bom vinho? Tomá-lo acompanhado de uma bela comida, afinal este é um dos casais mais perfeitos da terra.
Eu já havia degustado alguns dos rótulos que vou falar hoje, inclusive já postei aqui no Château, se não lestes, segue o post para dares uma olhada: "Aprendendo com quem mais sabe."




No entando, hoje vou falar da sensação de degustá-los acompanhados de pratos especiais. Semana passada fui convidada para um jantar na sede da vinícola argentina Nieto Senetiner, aqui em São Paulo. 




A casa é uma graça, super aconchegante e a recepção feita pelas gurias da "Rodrigues Freire" estava impecável, parecíamos todos amigos de longa data. E para nos contar mais sobre os vinhos, o sommelier da Nieto aqui no Brasil, Maurício Marcondes.




Na recepção degustamos o espumante Cadus Brut Nature, feito com Pinot Noir e Malbec. Perlage encantador, com um sabor incrível. O vinho base passa por de 3 a 6 meses em barrica e após engarrafado segue, no método champenoise, por cerca de 18 meses - de acordo com as safras, o enólogo decide qual o tempo necessário para garantir a qualidade do produto. Mas o que me encantou mesmo foi a tonalidade "salmão" da bebida que lembra um pouco os rosés.







Eu achei perfeito com os diversos canapés servidos. Os meus preferidos foram de presunto parma e salmão.




Após, começou o banquete. Primeiro um prato de Fraldinha (Vazio) ao forno com ervas e legumes grelhados. Para acompanhá-lo, a Maurício serviu o Cadus - Blend of Vineyards Malbec.




O segredo mais legal deste vinho é que apesar de ser 100% Malbec, é feito a partir de uvas colhidas em 3 terroirs diferentes, o que o torna um blend de Malbec, capaz de preservar a qualidade entre as safras de acordo com a "alquimia" do enólogo. O vinho possui aromas de frutas negras e especiarias, além de um sabor equilibrado e taninos macios.




Após tivemos a oportunidade de harmonizar o Cadus Grand Vin com uma polenta cremosa com ragu de cordeiro. Estava simplesmente um espetáculo. O vinho possui notas florais e após 24 meses em barrica se mostra com aroma predominante de ameixa e um toque de baunilha. Na boca o vinho demonstra muita personalidade. 








Mas não acabou por ai, eu já não estava com fome, mas não tinha como não provar o Filé com shitake e shimeji, que foi servido harmonizado com o Cadus- Vineyards Malbec. Um vinho com bastante ameixa e flor, encorpado e extremamente elegante. 




Depois, o Maurício nos fez uma grata surpresa, nos deu o prazer de degustar o Cadus Malbec 2000. Um vinho incrível, com taninos perfeitos, equilibrado, surpreendente. Ainda restam 11 garrafas desta maravilha, pois a 12ª a gente já tomou. A pena de restarem tão poucas garrafas é que o vinho ainda se apresenta com características de guarda e poderia durar mais uns bons anos.




Para encerrar uma sobremesa de merengues e morangos. Delícia.
Santé!