Degustação Bodega Garzón na Sbav-SP

Oi meu povo, como anda a vida?

Pois é, faz um tempão que não escrevo, isso porque as coisas por aqui estão numa super correria, o dia vem como um trator, atropela a gente e quando percebemos não conseguimos fazer nem a metade do desejado. Mas enfim... estamos em abril e me atrevo a dizer que preciso comprar minha passagem para o Natal.

Vocês sabem que eu cuido das degustações da Sbav-SP, né!? Eu já devo ter comentado por aqui, mas pra quem não sabe, a Associação Brasileira dos Amigos do Vinho, é a confraria de vinho mais antiga do Brasil, fundada em 1980, pelo Carlos Cabral e até hoje reúne pessoas apaixonadas por vinho, num grande grupo de amigos.

Semana passada fui numa degustação sensacional, da Sbav-SP em parceria com a WorldWine. O tema eram os vinhos da Bodega Garzón, do Uruguai. Vou focar aqui no que vivemos lá, mas pra quem quiser saber um pouco mais sobre a Garzón, pode ler sobre a minha primeira visita a Bodega em 2016.

A Ana Paula Oliveira, embaixadora da bodega no Brasil, nos contou um pouco mais sobre a vinícola, terroir e vinhos. Com muito conhecimento de causa, didática e simpatia, a Ana conseguiu o impossível: fazer eu ficar um pouquinho mais apaixonada pela Garzón - mais do que eu já era. 

Entre conhecimentos compartilhados e risadas degustamos os seguintes vinhos:


– GARZÓN RESERVA ALBARIÑO: O Albariño é extremamente gostoso e um ícone na vinícola, tanto que quando estávamos organizando falei: "não podemos deixar de degustar este vinho." Super fresco, também com o mar ali pertinho e aquela "brisa" toda (que eu conheço bem lá do Cassino), não tinha como ser diferente. Além disso, ele tem um leve toque mineral, que sempre é um ponto positivo, na minha opinião. No nariz, frutas de caroço e notas cítricas. Bom mesmo! Aliás, se alguém quiser me presentear, já sabe o que me dar.

– GARZÓN ESTATE PINOT NOIR: O vinho tem aquela cor linda dos rosés da Provence, isso porque as cascas são retiradas após algumas horas, possibilitando apenas uma extração sutil de cor. Amoras de frutas vermelhas e um leve toque floral complementam o frescor que sentimos em boca, com uma acidez super equilibrada. 
P.S) PASME: esse é o 2º vinho mais vendido da Garzón no Brasil.


– GARZÓN RESERVA CABERNET FRANC: O vinho passa de 6 a 12 meses naquelas barricas enormes  de 5 mil litros, de carvalho francês. Isso só agrega maciez e complexidade ao vinho, sem trazer consigo aquelas características clássicas do vinho que passa por madeira. Aromas de frutas vermelhas, um toque de chocolate e notas muito leves de um mineralzinho. Algumas pessoas falaram em herbáceo, mas eu não encontrei na minha taça, deve ser uma questão de percepção no dia mesmo. Na boca o vinho tem corpo médio, acidez média e taninos médios, ou seja, um vinho super equilibrado. 

– SINGLE VINEYARD PETIT VERDOT: Este vinho passa de 12 a 18 meses em barricas de carvalho. Apresenta aromas de frutas maduras, me remetendo mais para as frutas negras, com um leve toque de pimenta.  Na boca, equilibrado, com boa acidez e um tanino macio, bem presente. 

– SINGLE VINEYARD TANNAT: Chegamos no último vinho. Um Tannat, claro, não tinha como terminar uma degustação de vinhos uruguaios sem provar um Tannat (ainda mais no mês de abril, dia 14/04 comemora-se o dia da Tannat).
O vinho apresentou aromas de frutas vermelhas e negras, um toque de defumado e notas de cacau. Na boca, taminos firmes, mas super domados, não como os Tannats que estamos acostumados a encontrar por ai. 

Enfim, a degustação foi super bacana. Uma terça-feira para ser lembrada. Assim que eu gosto, quando encerramos o dia tendo vivido algo que vale a pena lembrar. 

Santé!

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