Vertical de Espumantes Pizzato

 Fui convidada, pela Jane Pizzato e Flavio Pizzato, para participar da vertical de espumantes da Pizzato. 

O evento aconteceu na Enocultura em benefício do Rio Grande do Sul. Sim, porque ninguém mais fala disso, no entanto o estado ainda precisa de muita ajuda. Mas tem que saber por onde ajudar, afinal, as doações precisam chegar às pessoas certas, o que, infelizmente, nem sempre acontece. 



A Pizzato foi uma das primeira vinícolas que visitei, saindo do circuito mais comercial do Vale dos Vinhedos. Aliás, cabe lembrar da importância da Provale no desenvolvimento da região. A minha visita foi com uma amiga, num passeio curto, mas muito saboroso. Tem post sobre ele aqui no blog... lá, de antigamente. 


Enfim, a Pizzato é uma vinícola familiar. Após uma visita técnica de Plinio Pizzato oragnizada por produtos da região ao Uruguai, na década de 80, várias tendências nasceram. A primeira delas foi o plantio em espaldeira, que hoje é super comum e a segunda o cultivo de uvas diferentes, como a Egiodola, Alicante Bousche e Tannat.

Hoje eles possuem três linhas de vinho. A linha Pizzato, plantada em Santa Lúcia - no Vale dos Vinhedos,  a Allumé e a Dr. Fausto.


Mas chega de papo e vamos falar da vertical de espumantes, cabe citar aqui que esta foi a primeira vertical de espumantes que eu fiz na vida. Confesso que, assim de bate-pronto, as diferenças nos vinhos tranquilos me parecem mais perceptíveis, mas sim, tem muita diferença entre as safras.


Os espumantes eram:

Safra 2009: Visualmente perlage já não se faz tão presente. Apresentou aromas de melaço, amêndoa, caramelo. Com notas oxidativas, mas nada que prejudique a degustação. Em boca, acidez baixa, mas ainda um certo frescor.

Safra 2013: Aromas de caramelo, pêssego, maçã e um leve cítrico. Na boca acidez média, mais seco que anterior e com mais cremosidade. Após um tempo de taça abriu para brioche e mel.

Safra 2015: Apresentou mais aromas de frutas, como abacaxi em calda e notas de amêndoa tostada. Já com um perlage mais intenso e fino. Em boca, acidez mais presente. 

Safra 2016: Aromas muito mais cítricos, já com notas de panificação bem presentes, mas que lembram panetone, acho que em função das frutas secas. Destaque para o toque de abacaxi. Em boca, acidez média.

Safra 2017: Notas de brioche, com aromas de frutas tropicais e um leve toque de resina. Em boca, muito mais fresco e muito mais cremoso. Sem notas de idade.

Safra 2020: Aromas que lembram maçã, panificação e manjericão. Acidez perfeita, com bastante volume de boca. Sem notas de idade.

Safra 2022: Safra atual. Super fresco, cremoso e sem notas de idade. Aromas de damasco, pêssego, abacaxi, brioche e um leve toque floral. Acidez perfeita.

Enfim... a gente nota a evolução e percebemos que quanto mais novo o espumante mais frescor e cremosidade em boca. Melhor ou pior? Isso já é questão de opinião e não de fatos. 

Adorei a experiência, obrigado pela oportunidade. 

Santé!



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