Vinhos brancos para o inverno


De um modo geral as pessoas acreditam que vinho branco combina com o verão e que vinho tinto combina com o inverno. Além disso, também é comum a gente ouvir que vinho branco a gente tem que beber rápido e que vinho tinto a gente pode guardar uns anos. Isso tudo pode até ser uma forma bem ampla de pensar o vinho e não chega a estar errada, principalmente com os exemplares de vinhos brancos que o brasileiro está acostumado a tomar. Mas existem rótulos bem interessantes que vão de encontro a essas afirmativas.
Os Chablis, por exemplo, são vinhos que além de serem de longa guarda, são vinhos volumosos com estrutura que combinam muito bem com o inverno. Aliás, combinam com qualquer estação do ano.
Esses vinhos são da Bourgogne, feitos 100% com a uva Chardonnay. Leia mais sobre eles no post: O Mundo dos Chablis.
Experimentei quatro rótulos, de uma mesma vinícola, bem interessantes, com características semelhantes que os colocam no mesmo grupo de vinhos, mas ao mesmo tempo com detalhes bem peculiares que os tornam únicos.



O Vieilles Vignes 2009, é um vinho com 12,5% de álccol, um bela estrutura na boca e aromas super frutado e notas minerais bem presentes. O seu paladar é fresco e além deste frescor, sentimos um salgadinho bem especial logo no primeiro gole. Este vinho harmoniza com entradinhas e comidas japonesas em geral.



Já o Premier Cru Vaillon 2002 apresenta 13% de álcool. Aromático, ele tem bastante fruta e mineralidade, mas já apresenta notas amanteigadas e possui um toque de fermento e terra molhada. Na boca apresenta um certo frescor, mas o destaque fica para o volume que preenche a boca e nos deixa com um final longo e saboroso. Este vinho combinaria muito bem com peixes, ostra ou mesmo frutos do mar em geral.



O Premier Cru Les Lys 2003, foi com certeza o meu preferido. Também com 13% de álcool ele se mostra equilibrado, bem estruturado, macio e com um ótimo volume de boca. Já apresenta alguns aromas terciários, sem perder o frescor e a mineralidade. Também tem notas florais bem presentes e especiarias. O vinho é uma delícia e fica bem com frutos do mar mais pesados, mas não deixa de combinar com o simples fato de degustar um bom vinho.



O Grand Cru Blanchot 2004 apresentou algum aroma floral, com bastante nota de oxidação. Na boca está oxidação fica mais intensa e evidente, o que para nós, brasileiros, não é comum e pode causar um certo estranhamento.

Esses vinhos são trazidos pela PNR Import para o Brasil.
Santé!

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